sexta-feira, 30 de abril de 2010
Haikais em azul turquesa ou ( Onde a cor )
Uma pedra tem musica
Um gota de água canta
Um hino à vida
Ramalhete de flores
Mel caindo ao léu
Palavras doce voam
Flauta de bambu
Na mão de anjo
As notas dançam
Azul de uma pedra
Azul de azul turquesa
A natureza é bela
terça-feira, 27 de abril de 2010
Um Haikai e Odes ao Chocolates e Muito Mais ( ... )
sábado, 24 de abril de 2010
Sei... ou ( Flor de Jabuticaba )
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O circo do Capão
“O circo do capão se alimenta dos sorrisos
Alimenta-se de aplausos
O circo do capão
Voa em noites vindouras
Voa pela chapada
Chapado e sem vassoura
O circo de lonas etéreas
Feito o tempo
Pois, quando sorrir
Fica-se, mas perto de Deus
Palhaço é anjo pintado
Que brinca no circu(lo) dos deuses
Que é a terra".
Folhetim Avuador VI ou ( Anuncios Tropicalista )
Carranca boquiaberta a engolir paisagens.
Enxada enferrujada conta historia.
A língua é o cordel da alma.
O umbuzeiro viceja na seca.
Estradas poeirentas da zona canavieira,
Guardam serpentes em cada passo.
Usina falida e o povo com fome.
Mas, empresário não fica pobre.
Folha de cana corta feito navalha.
E a paz é doce feito mel.
Haikais (viola e mão)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Filosofia do Forro ou ( Jacinto Silva )
Pandeiro de couro de bote
Manca
Trupe
Fuá
Faen,foice,enxada e facão
Jacintada cantada ritmada
No pandeiro ou na palma da mão
É Jacinto Silva, voando alto.
Arrasta o pé no salão.
É samba de índio
É calo na mão
É disco de 78rpm rodando no chão
Jacinto filosofa o forro
E na garganta não dá nó
Pandeiriza o Brasil!
Oh, Jacinto.
A tua alegria é a alegria do povo
O pandeiro na tua mão é escudo de paz
E ele canta
E ele dança
Ritma mente como teu falar
Como teu cantar
Que vai do coco ao aboio
Ou duma ciranda praieira
Acompanha por violas sertanejas
Que na tua boca Jacinto,
Verseja e voa como corisco
No céu sertanejo que te viu nascer
domingo, 18 de abril de 2010
Haikais ao Luar e à Flor de Pedra
sábado, 17 de abril de 2010
Folhetim Avuador V ou ( Anuncios Tropicalistas )
Caco de telha no terreiro da usina, é brinquedo de criança.
Batoque é coisa de moleque passarinheiro.
O umbuzeiro florido é bonito de se ver.
Vestido florido é vestido de chita.
A feira é a sociologia popular.
A viola canta o que no coração há.
Estradas sertanejas
Estradas canavieiras
São irmãs na dor.
Uma usina apita, é silvar agudo de cobra.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Haikais Caboclo I
terça-feira, 13 de abril de 2010
No Jardim do Paraíso ou ( Viola Suspensa )
Você parece um poema que um
Anjo escreveu, com pétalas de flores.
No jardim do paraíso.
Escreveu com flores raríssimas
De extrema formosura,
De aromas raros e sublimes
Como uma nota doce e pura
Um viola suspensa a tocar no infinito.
Onde, tudo é, mas belo.
Onde, tudo é, mas bonito.
É o som de voz (...).
Que ouço um rio a serpentear
Em teu corpo esculpido em fina pedra
De âmbar.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Ode à pétala ou ( Flor Mandalica )
O aroma que verti de ti
Conta historia
Historias milenares
Historias crepusculares
Pétala duma flor mística
Duma flor mítica
Ambrósia alimento
Sustento de deuses
Pétala de uma mandala
Pétala mandalicas
Girassol de múltiplas pétalas
Cor de ouro
A pétala é o lábio da flor
Com esse lábio ela beija horizontes.
Um místico no sopé de um monte
Queima pétalas de rosa
As notas aromáticas desse incenso
Abrem portas entre as 7 dimensões
Que há dentro de cada um
O místico fecho os olhos
E viaja num mar de pétalas
quarta-feira, 7 de abril de 2010
semideuses ou ( Monte Kilimanjaro )
Do alto céu abissal azul
O olhar de um semideus
Contemplando o mundo
E Ele estava nu!
Semideuses não sentem vergonha
Igual aos homens
Um canto numa língua
Banta é espraiada no ar
Um rende feita com renda colorida
É estendida no horizonte
Nela dorme um poeta
Que em miração colorida vê
A percorrer horizontes
Um anjo com asas feitas
De fitas coloridas
Da festa do senhor do bonfim
Cruza o monte Kilimanjaro
Carregando consigo uma flauta de bambu
E uma bolsa cheia de pó de estrelas
Magos com vestes brancas
Escrevem na neve signos cabalísticos
Com cinzas de palo santo
Tambores são tocados
E um aroma de fruta tropical
Enfeita a neve e o ar
Do monte kilimanjaro.
Enquanto isso, um casal.
Elevam-se as estrelas
Em um hino tântrico.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Folhetim Avuador IV ou ( Anuncios Tropicalistas )
Na porta do paraíso a um condigo
Em letra garrafa (is).
A rapadura é doce na boca de quem ama.
Um grito é dado na beira do abismo
As crianças nascem a pesar de tudo
Um bêbado dorme na porta duma igreja
Recitando um poema de cordel
O mar canavial é deserto verde
Uma barcarola do Velho Chico
É um poema sobre as águas
As usinas enferrujadas
Voam quilômetros a fio
Sem ver nada
domingo, 4 de abril de 2010
Uma resposta ou ( Viver menino e morrer poeta )
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Folhetim Avuador III ou ( Anucios Tropicalistas )
A mão de Vitalino benze o barro
Um folheto voa trazendo (H) istórias.
Uma carranca é politicamente correta.
Enquanto, não grita.
As usinas devoram homens, e homens devoram usinas.
O homem canavial corre dele mesmo
Na sua cultura de cana, ele é cortante.
E às vezes alegra-se
Numa explosão de cor de um maracatu rural.
A bala de fuzil cruza o sertão, silvando como serpente.
O seu próprio nome.
Os políticos prometem ao povo que ouve e finge que a credita.
Num muro de um hospício tinha sido escrito:
“Cala-te boca e veja o dia como é bonito!”
Vi no campo de batalha um santo de guerrilha ou ( Bandeira sem Pátria )
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Camilo CienFuegos
Che Guevara
Sandino
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Antonio conselheiro
Cantando um bendito
Zumbi correndo com seus guerreiros
Numa disparada banta.
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
O olhar triste de Patrice Lumumba
Uma oração duma mãe da plaza de mayo
Vale mais que ouro
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Um menino do Camboja
Um menino Palestino
Dormem ouvindo monossílabos
De metralhadoras.
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Numa favela carioca
Numa favela recifense
A injustiça dita toques de recolher
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Num gueto, em Nova York.
Num campo de refugiados
Na selva Africana.
A violência tem o mesmo nome.
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
No campo de batalha
Também vi uma flor
Era à flor da esperança
Que sorria a pesar de tudo
Mas!
No campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Que levava consigo uma bandeira
Branca, uma bandeira sem pátria.
Uma bandeira sem nome e sem símbolos
A bandeira da paz
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