segunda-feira, 31 de maio de 2010

Haikais Ao vento (ou Namastê, Shalom e Amém)


O vento sopra
Um hálito florido
De paraísos distantes.

Uma pétala cai
Da asa dum anjo
Que sobrevoa o paraíso

Um mantra é recitado
E todo mal se afasta
É palavra que voa

Namastê, Shalom e Amém

terça-feira, 25 de maio de 2010

Haikais ao chão e à cuia (ou Ode ao Aroma)


O chão quente
Contempla o sol
O céu véu frio

Um tiro é dado
Ninguém o quer
Mas ele voa!

Pétalas flutuam
Em um rio
É rito das águas

Uma cuia de flores
É erguida ao céu
Ofertar,aromas é bom!

sábado, 22 de maio de 2010

Flor caida no chão(ou Barro Quéchua)


Flor caída no chão
Na sutileza da alma
Na palma de minha
Na mão há uma gotícula
De calma.

Telescópios rodopiando
Suspenso no quarto céu
Véu de noiva voando
Voando
Voando
É apenas, um branco véu.

Xilogravura Cabalista
Na porta do paraíso.
Anjo feito de barro quéchua
Recita um poema numa língua morta
Enquanto isso, Zabé da Loca toca.
Acompanhada por um revoar de coriscos.
Que vi voar trás de uma porta.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Verbo de ouro na boca do poeta(ou o Anjo do Mestre Nado)


Verbo de ouro na boca do poeta
Transmutar chumbo em ouro
Faz cair, chuva do céu.
Verbo de ouro na boca do poeta
Viola sustenida é diamante
Solto e voando no vergel
Verbo de ouro na boca do poeta
Transforma coração corroído
Purulento em coração
De Menestrel.
Verbo de ouro na boca do poeta
Verso que sobe com incenso
Para o céu enfeitado de estrelas.
Verbo de ouro na boca do poeta
Umbuzeiro voando em noite
Enluarada transportando um
Sabor pelo ar.
Verbo de ouro na boca do poeta
Viola de Zé Vicente
Verso de Patativa
Ecoando, no jardim do paraíso.
Verbo de ouro na boca do poeta
Anjo feito de barro pela mão
Do Mestre Nado é instrumento
Sagro & santo
Amém (...)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Folha caindo(ou Céu de Haikais e Doce de Catolé)


Uma folha cai de alturas abissais.
Enquanto isso, um anjo voa com ela.
Recitando um poema numa língua morta Que ele encontrou atrás duma porta.
Que levava há paraísos.
Uma taboa xilogravura (da).
Escrita em caracteres antigos
Continha uma oração feita
Por Pativa do Assare
Que criava paisagens
Que transmutava miragens
Em puro doce de catolé
Enquanto isso, o anjo seguia.
A folha de cai dum céu feito
De Hakais (...)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Engenho y arte em qualquer parte


Engenho y arte em qualquer parte
Dom Quixote xilogravura (Do).
Na carne da mão
Engenho y arte em qualquer parte
Luso (fonia) tupiniquim.
Wally Salomão em um jardim
De flores apocalípticas.
Engenho y arte em qualquer parte
Organismo ciberpunk organizados.
Gás lacrimogêneo sendo lançado.
Engenho y arte em qualquer parte.
Rocinante feito de barro e por mãos
Vitalinas no meio da feira de Caruaru.
Engenho y arte em qualquer parte.
Usina escultura sul (canavialista).
Enquanto isso, Glauber Rocha.
Vestido de caboclo de lança
Filma a agonia que há no Brasil
Engenho y arte em qualquer parte.
Anjo vestido de vaqueiro canta uma
Toada na língua Banta e o vento sopra.
Engenho y arte em qualquer parte.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Andando vou & Jogando flores ao vento ( ... )


Andando vou, jogando flores ao vento
Manjar de deuses Maias.
Manga madura no paraíso de krishna.
Incenso de aroma raro, impregnado, no tempo.
Suspiro de anjo pequeno.
Na imensidão azul turquesa.
Água-marinha, de rara beleza.
Beijar uma orquídea.
È beijar a face da vida.
Um menestrel dorme.
Na porta duma igreja na cidade
De Potosi.
Um anjo tocando um charango.
Chama aromas de chocolate.
Enquanto isso, uma estrela também.
Dorme no céu estrelado do sul.
E andando vou, jogando flores ao vento.

sábado, 1 de maio de 2010

O silêncio dos canhões & 1 Haikai


O silêncio dos canhões
É hino de paz!
O silêncio dos canhões
É haikai:
Rio que corre manso
Flor dormindo no campo
E tudo, mas (...)
O silêncio dos canhões
É poesia Ferreira Gulariana
Escrito num manifesto panfletário
Em meio a gás lacrimogêneo
O silêncio dos canhões
É beijo que se dá na bem Amanda
Em plena madrugada
E no coração um metralhar de amor
É o silencio de canhões
É paz, meu amor!
Que chegou (...)