sábado, 30 de outubro de 2010
Vi parte II mas 1/4 de horas
Vi um ramo de benzedeira
Benzer o chão sagrado
Enxada translúcida
Alumiava na mão de um santo caboclo
Enquanto isso, Zabé da Loca
Fazia sair pérolas de seu pífano secular
& estrelas voavam carregando
Consigo um iluminado com
Um candeeiro na mão
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Folha voar
Vi uma folha dançar regaae
Quando caia
Querendo voar
& vôo loucamente para o mar,
Azul e profundo que é o céu.
& como disse Wallace: “O grande Oceano aéreo”
Que é o céu!
Um poeta na cidade de Cuzco a ver tão belo céu
Com um charango na mão.
Disse: Céu, céu manto azul florido que vesti a virgem santa
No altiplano te vejo, mas belo, que nunca e me calo perante vossa.
Fulgurante beleza.
O ar que eu respiro tu respiras do outro lado do mundo
O céu acima de tua cabeça é elo que liga alma a alma.
No oceano sem fim
Nesse dia. Pachamama sorriu e mandou um arco íris
Que tinha a cor de um colibri.
sábado, 23 de outubro de 2010
La Tierra Inteira
O coração quando canta
Teu nome de ave voadora
Ele me faz rir
É,ele me faz rir.
Coração é maquina fotográfica
Que guarda em si:
Ruas
Paisagens
Estradas
Bosques
& até o cheiro de um café bem amargo
- Coração-
Se tivesse asas voaria em bandos.
Propagaria seu cantar em altares secretos.
& nesse instante uma orquestra de anjos tocaria
Um hino-que faria nascer flores de lotos
& orquídeas em desertos & a terra se tornaria
Tão bela
Mas, tão bela, que se confundiria com o paraíso.
& anjos povoariam la Tierra inteira. (...)
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Enxadário (ou Mãos calejadas de anjos)
Dois corpos inertes
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Haikais à noite de azeviche
Uma lâmina corta
O vento que a beija
Na madrugada fria
Uma pedra de ametista
Afunda no lago
Da alma do homem
Madeira de sândalo
Fogueira no chão
Noite de azeviche
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Aos Mineiros que Labutavam no Altiplano Andino
No ceio do deserto havia homens
No ceio de deserto altiplano e salitre
Havia homens.
Ávidos para verem a luz do sol
Ávidos para verem as suas famílias.
Eles labutaram pela liberdade.
Quê para voar tem que bater as asas.
Irmão!
Labutaram assoviando um poema:
Nerudiano que fala do Chile e da América Latina
Com tamanha paixão que faz brotar do chão
Pérolas que serão lançadas ao vento
Como sementes.
No resgate desses valentes mineiros
Vi as Américas e o mundo se unir
Para resgatar homens que labutavam
Na estranha da terra para dela tirar seu sustento.
& também que esse mundo a pesar dos pesares.
Tem uma gota de esperança.
A lagrima que cai do rosto desses homens
Simboliza que bons tempos estão por vir.
Assim seja
Um poema a Lara que acaba de nascer
Larinha flor de rara beleza
Estrela nascente no coração do Brasil
Pachamama sorri para ti.
Com um voar
Um nenúfar de colibri
Que o cheiro da terra
Que as flores campesinas
Cantem teu nome quando você passar.
Larinha é filha de Um amigo meu Wladimir da UFRPE
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creditos da imagem:http://www.flickr.com/photos
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Folhetim Avuador VIII ou (Anuncios Tropicalista)
Bagaço de cana não é cansaço
Barro no pé é coisa de matuto
Água ardente é cachaça
Alambique é maquinário de cachaceiro
Rapadura é pedra doce
Rolo de fumo e corda acesa, tudo isso esta.
Sobre a mesa.
Enxada no canto da sala
Uma rede velha
Uma mala
Tudo isso tem na casa do nortista
A lua acesa pela janela
O ar condicionado da brisa pia
O rodopiar de pirilampos
Tudo isso voa pelos quatro cantos
Da casa do nortista.
Tem riqueza maior?!
domingo, 3 de outubro de 2010
Pergunda de poeta (Ou gotícula cai )
Uma gotícula cai de um altar suspenso.
Reza rima quando beija o vento
Uma gotícula cai de um altar suspenso.
Suspenso é paraíso
Fonte cristalina
Pomar de bonança
De fruta tropical
Bananeira tu estais no paraíso do Gita
& no paraíso do Alcorão.
O paraíso fica nos trópicos?
Um poeta pergunta ao luar
O luar responde embolador
Que o paraíso, fica aqui mesmo e não
Em outro lugar.
sábado, 2 de outubro de 2010
A águia acorrentada à beira do abismo
Uma águia acorrentada à beira do abismo
Clama por liberdade!
Uma águia acorrentada à beira do abismo
Vê o horizonte chamar seu nome, de ave altaneira.
Sem poder voar.
Uma águia acorrentada à beira do abismo.
Senti o aroma de paisagens distantes penetrarem em
Sua entranha de ave celeste.
Um anjo vestido de vento quebra a corrente, que aprisiona.
A águia ela alça vôo para conhecer o céu que ela conhecia ao longe.
Pois, quem tem asas não teme abismos.
& sim ama horizontes.
Seja águia e clame pelo anjo vestido de vento
Que se chama, liberdade.
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