quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sementes do Paraiso


Oh, corpo cinzelados por mãos angelicais
Uma matize de aromas frutíferos exalam de ti
Como em um jardim paradisíaco
Canto as musas que afastam os males com um vento ameno
Para que o menestrel possa cantar ao jardim que há dentro
De cada semente dentro de cada átomo que voa
Que corre
Que dança
Como dois amantes que se amam e não se traem
Jardim de flores sacro santas
A porta do paraíso esculpida no corpo duma mulher
Como uma nota musical antes oculta aos olhares profanos
E cantada por coros de anjos num silencio monástico
A lira canta miríades de cantos
A lira canta ao ano que se anuncia
A lira canta ao amor sempre eterno
De dois corpos luzentes
Sementes do paraíso e de um novo por vir.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Novo por Vir


Um turbilhão em meio ao deserto
Vejo miragens arquitetadas por mim mesmo
Como rios lentos de águas cálidas e às vezes serenas
Um Deva das arvores canta um mantra
Num idioma a mui tempo esquecido
Um aroma atravessa o ar (...)
Trás em si notas de florestas tropicais
Carregada com o ar campestre do um novo por vir.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Vaga Lume


Vaga lume
Lume vaga
Vagamundo pirilampo
Vaga lume bioquímico relâmpago
A luzir na madrugada
Vagarosamente ele vaga
Cavalga em venta (Nico).
Corcel
A colorir a noite de um velho
Menestrel.

Folha Seca Velha Curandeira


Folha seca velha curandeira
Médica milenar
Contadora de estórias
Ensina-me a voar
Como folha caída da árvore da vida
Dá a vida
Dá a tua vida
Numa panela de água fervente
Para outras vidas salvar
Jogas teus aromas que estão dormentes
A cantarolar em ti
Ó folha seca velha curandeira
Volta a voar
Vê tu primeira vô
A sorrir como um enigma
Que irás decifrar

Creador de Mundos ou Grão


Grão de areia
Granítica & sagrada
Grão de trigo
Ancião vestido de branco
Grão de poeira
Velho andarilho
Grão de ferro
Amante dos trilhos
Grão de pólvora
Coronel sanguinário
Grão luz
Jovem profeta
Grão de amor
Creador de mundos

A casa dos ventos


A casa dos ventos
É céu a luzir estrelas
Estáticas e cintilantes
Tropel de cavalos brancos
Lábios de brilhantes
Duma deusa adormecida

sábado, 17 de dezembro de 2011

A ira do Fuzis


A ira dos fuzis
Cuspidores de projeteis balísticos
Caçador na selva Africana
Onde é carregado como troféu
A ira dos fuzis
Em ruelas proletárias
Em favelas da América do Sul
Onde é milico e miliciano
Ou reles traficante.
A ira dos fuzis
Na selva da América latina
Onde é guerrilheiro sandinista
Que se lança no campo de batalha
A ira dos fuzis
É o próprio homem
É a própria mão do homem
A mão que pinta
É a mesma que atira
A mão que aplaude
É a mesma que apedreja.
Um fuzil é um braço de aço
Que atira estilhaços de lágrimas de metais.
Chumbo para se exato!
Que não tem noção do bem e do mal
Mas o homem tem
Será?!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lamento I


É uma icógnita para mim:
A ira dos fuzis

Hakai 1/2#


Pedra silenciosa
Que olha o céu
De estrelas cantantes

Nuvem andarilho
Menestrel do ar
Segui teu caminho

O abisso é pai da queda
Águia que observa
Sua ânsia de voar

sábado, 10 de dezembro de 2011

Borboletas célticas


Um punhado de areia
É jogado ao ar
É mar de estrelas
Que se precipita

Um punhado de areia
É jogado ao vento
Borboleta célticas
A voar no firmamento.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O que fiz?!


Quando os corbertores milenares de neve
Estiverem desaparecendo dos altos montes
E floresta inteiras sendo devastadas
E rios contaminados impunimente
Se transformando em imensos lodassais.
O gemido da Mãe Terra será ouvido
Será um gemido de dor aguda e lenta
Então em meio esse tremendo suplicio
O homem perguntará à si mesmo:
O que fiz?!

O Prazer



O prazer é faca afiada que corta
a derme da alma de quem o manipula.
O puro amor é bálsamo bendito que anjos,
Ofertam e ningéum o quer (...)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meu Caro!


Admiro imensamente essa terra donde escarro
De poeira quente e sol altaneiro
De forro na casa de taipa e festa no terreiro
Admiro imensamente essa terra donde escarro
De couro curtindo
De gente curtida pelo tempo
Que olha lentamente na fresta da porta
Entre aberta.
E vê um umbuzeiro dançando no terreiro.
Será visagem?
Umbuzeiro florindo dança e canta também (...).
Meu caro!

La Poesia que me move


A poesia que me move
É vento alísio
A correr em teus cabelos
A poesia que me move
Corre como água
Em regatos mil
Transmutar palavra
Ovo de ouro
Vazio (...)
Ramo rebento da palavra
A poesia que me move
É lavra
É milha
É terra
El Tierra
Latina atina
Platina
Feminina
Nordestina
Masculina
Como a dor
Rod (a) descarrilada no tempo.

Nota(Mudei o Titulo do blog para ElimaneolArtePoemada)

Mudei o titulo do meu blog por que um grande amigo que tenho me deu esse dica dentro da numerologia e eu estou seguindo o seu bom conselho.Agradecido a todos(as) que vem seguindo esse meu blog que também são de vocês amigos. Fico grato for vossa compreensão.

Elimanoel

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Poeira do Canavial


Poeira do canavial
Quente e doce
A soprar nas narinas
Enfurecida do vento
Poeira de canavial
Agridoce e sanguínea
Negra cinza da palha da cana
Navalhas vencidas pelo fogo
Poeira do canavial
A rodopiar nas asas do vento
Carrega consigo o lamento
Estridente como gemido de rabeca
E penitente como suor de cortador de cana
Poeira do canavial
Suor e sal
Pólvora e cal