Excluídos da Tamarineira
Dançando em plena rua do hellcife.
Réquiens de cavalos
mancos
E palhaços maltrapilhos são cantados.
Num latim arcaico.
Excluídos da Tamarineira
Sem tetos e sem juízo – perambulam
Por ruas solitárias – como seus olhares
O hospício foi tomado em nome do progresso.
Agora, seus hospedes vagam na cidade inquisidora.
Excluídos da Tamarineira
Tua dor não é sentida pela cidade insensível
Tua dor é mascarada entre holofotes e sirenes de carros
De policia –
Anjos sem asas que Santa Nise da Silveira vós ilumine
No mar revoltoso dos sóbrios e ajuizados.