terça-feira, 17 de agosto de 2010
Um Menestrel Canta uma Ode ( ... )
Um menestrel canta uma ode
Tocando um charango.
Em um templo a mui tempo esquecido.
Um menestrel canta uma ode.
Numa língua antiga.
Num língua muerta.
Miríades de anjos barrocos
Na soleira duma porta.
Um menestrel canta uma ode
Onde foi e onde será!
Revoada de falcão
De condor, solto no ar.
Um menestrel latino-americano
Carregando consigo o sangue e suor
Paragens e miragens
De rios e altiplanos a quem ele canta!?
La Pachamama e aos quatro ventos (...)
Enquanto isso: Um exemplar de Cem Anos de Solidão
Jazia no chão crivado de balas e sonhos libertários
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