quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cheiro de Fruta e outras delongas A+


Cheiro de fruta
Que voa e se propaga
Na madrugada, fruta notívaga.
Vôo silente de bacurau.
É sussurro no ouvido do vento,
Que sorri como uma criança.
Rima sem beijo
Chuva & sal
Sopa insípida feita por uma bruxa;
Que recita uma poesia, em um portunhol selvagem.
Em plena madrugada Recifense
Que dizia assim: “Hay uno poema para los ombles e mureles y El corazon palpita
La milhas por horas”
Ao longe um sorriso Lulacorteano* rasga o véu da noite.
Como uma orquestra de frevo a cruzar a ponte Duarte Coelho.


**Alusão a Lula Cortes grande poeta morto em 2011
*Portunhol Selvagem

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