quinta-feira, 1 de abril de 2010

Folhetim Avuador III ou ( Anucios Tropicalistas )


A mão de Vitalino benze o barro

Um folheto voa trazendo (H) istórias.

Uma carranca é politicamente correta.
Enquanto, não grita.

As usinas devoram homens, e homens devoram usinas.


O homem canavial corre dele mesmo
Na sua cultura de cana, ele é cortante.
E às vezes alegra-se
Numa explosão de cor de um maracatu rural.

A bala de fuzil cruza o sertão, silvando como serpente.
O seu próprio nome.

Os políticos prometem ao povo que ouve e finge que a credita.

Num muro de um hospício tinha sido escrito:
“Cala-te boca e veja o dia como é bonito!”

Um comentário:

  1. Ei, lendo o seu maravilhoso poema, parecia que eu ouvia Cabruêra:

    Cangaço- Cabruêra
    A cabruêra mandou chamar
    Os cabras da peste pra se juntar
    No meu cangaço tem corda de laço
    Tem seda e fumo pra afinar o bumbo.
    Tem até arte de couro em retalho,
    Pra enfeitar os cabras nesse mei de mundo.
    No meu cangaço de cabra macho,
    Tem faca e facão pra fazer refrão.
    Tem lamparina pra lumiar a noite,
    No mato que falta luar do sertão

    abçs pra tí (fofo)
    Boa Páscoa...

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