sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

No Branco duma folha de papel ou ( Métrica Nerudiana )


No branco duma folha de papel.
Rabisco um Poema ou um Haikai
Em uma métrica Nerudiana.
Que em cada estrofe me eleva
Ao céu.
Ao céu desenhado
Rabiscado numa folha de papel.
Escrevo em asa de anjo.
Escrevo na concavidade dum diamante.
Escrevo numa língua morta.
O Paraíso de Dante.
Escrevo na boca com um beijo
E com o desejo
Eu vejo adiante
Flâmula erguida por Dom Quixote
Lagrimas de poeta é brilhante.
Que cai em um abismo azul
E se transfiguram em estrelas
Em um Paraíso distante
Em um Paraíso distante. (...)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Barroca vida de boneco de barro ou ( Mão Vitalina )


Barroca vida de boneco de barro
Vitalina existência de boneco de barro
Uma folha de cordel voa
Uma folha de cordel avuado
Barroca vida de boneco de barro
Barro de pé de umbuzeiro
Viola cantando na beira do roçado
Barroca vida de boneco de barro
Cheiro de fulo gameleira
Abelha zunindo no em seu vôo abelhado
Verso versejado ao vento
Verso truvejento
Verso molhado
Barroca vida de boneco de barro
Saliva de caboclo
Água da fonte
Estrela luzida na sua fronte
Boneco de barro
Tua alma é a mão Vitalina
Teu corpo é barro molhado
Boneco de feira
Boneco de rua
Boneco de barro

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Profecia Leminskiana ou ( Haikai sem fim ... )


Uma profecia Leminskiana
Um Hakais sem fim
Poesia na orb celeste
(ai de tu)
(ai de mim)
Um quadrado dentro dum cubo
Um cubo dentro dum quadrado
Estratos feras
Bioma
Tudo acabado!
Ganancia de asas rotas
Consumida como um cigarro
Profecia Leminskiana
Escrita em papel de pão
Jogada solta
Ao vento
Agora cai na tuas mãos?! ( ... )

Hakais Liras,Andarilho ou ( Epiderme do Coração )


Um andarilho anda
A estrada passeia
Por entre ruas dispersas

Uma lira canta
O Carnaval termina
Uma chuva cai na esquina

Um palhaço chora
Na porta duma capela
A morte das flores
E o choro das velas

A flor encanta o olhar
A imensidão o coração
Palavra escrita com fogo
Na epiderme do coração

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Pergunta à teu coração ( Ou Bússola da alma )



Todo coração carrega horizontes dentro de si.
Todo coração é flecha é ave alteneira
Que cruza abismos profundos.
Todo coração carrega dentro de si
Paisagens paradisiacas.
Cadê teu paraiso?
Pergunte à teu coração
Que é a bússola da alma.
Todo coração tem asas
Dê asas a teu coração ensina-o
a voar, pois dentro de de ti
há Horizontes nunca antes explorados
Então deixe teu coração alado voar
Por dentro de tua alma
pra ver e sentir tudo quando há dentro
de Ti

Haikais dentro de 1/5 de horas ( Ou Além do mar )


Uma montanha sorri
Para o céu que passa
Nas asas duma gaivota

Uma flor seguiu
Um curso dum rio
No olha duma criança

A estrada passeia
No caminhar do andarinho
Estradas são eternas

Incenso é ofertado.
Num pé de umbuzeiro
Voa pirilampos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Poema à mãe que chora ( Ou Vi no Jornal )



Vi no jornal
Um choro contido
Uma dor calada
Vi no jornal
Esperanças despedaças
Lágrimas cristalizadas na alma
Da mãe que chora
A Luz de Luiza se apagou
Quando viu seu filho assinado
Foi confundido e espoliado
Foi confundido e assinado
Maria Luiza mãe que se alegrou
Quando o filho no vestubular passou
Agora ela chora
Que tragicamente o filho vai embora
Nas mão da injustiça e da violência
Fecho o poema com uma conjuração
Do sábio salomão que reza:
Em nome de Michael, que Jeová te mande e te afaste daqui, Chavajoth.
Em nome de Gabriel, que Adonai te mande e te afaste daqui, Bael.
Em nome de Rafael, desaparece ante Elial, Samgabiel.
Por Samael Sabaoth e em nome de Elohim Guibor, afasta-te Andrameleck.
Por Zacariel e Sachiel-Meleck, obedece ante Elvah, Sanagabril.
No nome divino e humano de Schaddai e pelo signo do Pentagrama que tenho na mão direita. Em nome do anjo Anael.
Pelo poder de Adão e Eva, que são Jot-Chavah, retira-te Lilith. Deixa-nos em paz, Nahemah. Pelos santos Elohim e em nome dos gênios Cashiel, Sehaltiel, Aphiel e Zarahiel, e ao mandato de Orifiel, retira-te Moloch.
Nos não te daremos nossos filhos para que os devores. Amén... Amén... Amén...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A Borboleta de Muzo ( Nos trópicos também há beleza )


Borboleta de Muzo
Teu azul é azul
Misterioso.
Borboleta de Muzo
Teu voar carrega
Consigo aromas tropicais.
Borboleta de Muzo
Teu bailar é dança
Ancestral.
Borboleta de Muzo
Quando tuas asas batem
Traduz o que há de, mas natural.
Na natureza que é tua beleza
Sobre natural Borboleta de Muzo.

A fome abaixo dos tropicos ( Ou Tristes Tropicos )


A fome é devo ra dei ra
A fome é de vo ra dou ra
A fome mata
A mil por hora
Igual a tiro de metralhadora.

A fome é Car ni ceira
A fome é es car nice dou ra
A fome mata
A mil por hora
Igual a tiro de metralhadora.

Haikais Tropicalista ( Ou Abaixo dos Tropicos a fome é Endemica )


Um cordel voa
Uma viola canta
Nordestina poesia

Uma poesia Patativana
Um rabisco Leminskiano
Nas asas de um anjo

Flor que cai
Há mil por hora
Flor que vai embora

Cem anos de Solidão
Na cidade de Mocondo
Os Buendias, ainda reinam.