quarta-feira, 27 de março de 2013

Escola Nômade

Vento me leva e me eleva as altas planícies Andinas
Desertos e salinas milenares que o vento Andino dança em seus ceio
Vento me leva para ouvir Histórias da boca do nativo mascando a folha da coca
Escola Nômade que as notas de um charango tocadas por velho ancião
Faz cair do céu de um azul profundo pétalas de conhecimento
Escola Nômade é o teto abobado do céu de Cuzco
São as ruelas da cidade de Potosí com suas igrejas com retoques pagãos
Escola Nômade em o som da flauta Andina que imita o vento andarilho
Escola Nômade é vôo do condor que voa imponente, águia ameríndia.
Escola Nômade são os pés descalços que cruzam planícies calcinastes á procura de uma vida melhor.
Escola Nômade que aprende o Quéchua para recitar a poesia de Neruda
No sopé de um monte santo.
Escola Nômade é vida que segui caminhante como um violeiro nortista
Escola Nômade é o manto de Pachamama às vezes azul e silente
Às vezes coloridos com estrelas cintilantes que cantam em um idioma antigo
Que a vida é bela
& vale apena caminhar!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Dois Passaros Voando

Um jaguará enfeitando a entrada do paraiso
Numa tarde vespertina
Revoada de flores alvas
Linda cor de menina, que luzia como pérola.
Numa coroa ,corola duma flor de orquidea.
Chuva de pitangas que caia do céu
Dois passaros voando alimentando-se
Do apetitoso manjar!
Cheiro de manga,
Cheiro de terra molhada,
Yémanja!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Rubayt: Tanque carniceiro

Um tanque carniceiro seguiu entre os escombros
Rajadas de balas niilistas na boca de um anarquista
Uma bandeira dança em terras alheias
Em meio ao fogo abrasador

terça-feira, 12 de março de 2013

É Verde, Verdade

A verdade que está no verde
Está no verde que divide o arco Iris
Está no verde da floresta Amazônica
A verdade que está no verde
Está incrustado no verde eterno duma esmeralda
A verdade que está no verde
É Yin e Yang ao mesmo tempo
É verde, verdade amadurecendo na arvore Milenar do tempo

sexta-feira, 8 de março de 2013

Barco que Cruza desertos

Barco que cruza deserto é pensamento
A vela é a mente
O leme é a vontade
E o vento
E o vento
É poesia marujo
É poesia....

Curandeiro de Almas

Numa casa de taipa no meio da mata
Um curandeiro de almas inicia sua prece
Com ervas elementares
Curandeiras milenares
Uma fumaça silente & aromática
Sobe ao teto abobodado de folhas de buriti
Uma juruti canta do alto de um pé Samaúma
Um canto mistico e tropical ao mesmo tempo
Num altar de flores orvalhadas abelhas raras dançam
Uma dança nupicial
A lua dança nas copas das arvores como uma dama vestida de
branco
A natureza corre em mil regatos como artérias de um rio milenar
Numa casa de taipa no meio da mata
Um curandeiro de alma encerra sua prece

Ousam Voar ou Estando na Lama

Que o escudo da paz e o amor
Guarneça quem anda na retidão
Que a sombra florida das arvores dê aquele quem trilham
No deserto conforto quando o sol estiver a pino
Que palavras negativas não atinjam a mente e o coração
Daqueles que buscam as alturas azul celeste
Do sorriso Divino
Que a água da fonte brote no coração
E na mente daqueles que ousam voam mesmo
Estando na lama!

terça-feira, 5 de março de 2013

Folhas Voando

Um barco ancorado numa ilha, de nuvens.
Andorinhas mambembes recitando poesia ao vento.
Que sorrir um sorriso de folhas de nardo e alecrim.
Numa feira brejeira, um tocador de viola.
Cego de guia.
Guia-se no fio eterno da poesia.
Com sua viola na mão, alquímica e cabocla.
Como uma lua embolando matreira mata adentro.