domingo, 15 de setembro de 2019

Cheiro de pólvora

Um aroma salitrico - Corta o ar, como um faen° No labor do mel da cana: Murro na cara, Gás lacrimogêneo, Besta fubana! Nem é um aroma frutal. É um cheiro nauseabundo de pólvora. Incenso do cão do colcho. Cabeças de pregos descem a lenha no povo. Ao longe, um velho conta às horas na soleira da porta Faen° Espécie de facão de folha larga para cortar cana. N.T.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Ode a Naná ou Nota que se Propaga


A noite dos tambores silenciosos

Chegou mais cedo

Naná Vasconcelos toca seu berimbau

Em outras paragens distantes

Cantando em idioma Ioruba uma chegança

Toca Naná com teu corpo percussivo

Com tua voz que ecoa como os martelos de Xangô

Toca Naná com o som das esferas

Uma cantiga Banta, que faz florescer

Os pés de Baobá (...).

Canta Naná como um canto de cachoeira,

Que propaga liberdade e harmonia.

Canta Naná tu tiveste: a ousadia de cantar

E tocar em meio a correria desenfreada.

Pelo status quo!

D´us é música que se propaga eternamente,

És agora uma nota musical Naná Vasconcelos.

 

 

sexta-feira, 4 de março de 2016

O Cachorro de Barro


O cachorro de barro

Perambulando mambembe

Entre escombros

Correndo entre os carros

Que escarram fumaça e fuligem

Do alto de prédios escarpados

Políticos engravatados

Encoleirados em malas de dinheiros ilícitos

Cantam um réquiem ao bel (prazer) que goza impropérios

Num latim arcaico!

O cachorro de barro

Corre ao rincão agreste

Pedindo clemência ao Mestre Vitalino !!!

sábado, 7 de novembro de 2015

Traduzir ...



O branco do papel é deserto que o poeta cruza

Suas pegadas na areia são como letras, caracteres,

Ideogramas que do alto o um anjo lê e relê (...).

& recita em voz alta.

Criando estrelas e sons que o homem traduz em palavras.

Panteão & Frutas Tropicais


O aroma caliente de maracujá

Impregna o ar (...)

Caju dependurado como um brinco.

Brinca com as cores e os aromas.

O tropico mesmo espoliado

Mostra sua beleza Edênica.

Borboletas, voam como anjos

Pintados a dedo.

Por deuses de um panteão

Que o tempo esqueceu.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Virtudes de Crianças e Poetas

Tecer palavras na rede do pensamento –
Dormir um sono de orvalho & acordar,
Em um paraíso distante – Es as virtudes das
Crianças e dos poetas.

terça-feira, 7 de julho de 2015


Baforada de incenso ritualístico
há correr nas estradas empoeiradas
Caboclo de lança!
Tu te lanças nessa jornada:
De voar,
De ser voador em ultra-mar
Nunca,dantes navegados.
Azougue de cachaça e pólvora
Que te faz correr entre dimensões paralelas.
Paralelepípedos na canela!
Luz de lampião
Luz de vela
A velar o teu caminho caboclo!
Caboclinho ...