quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Contos Xamanicos

Um dia um Xamã cruzando um cadeia de montanhas
Viu uma águia acorrentada à beira de um abismo.
A velha águia implorou para o Xamã que a soltasse
Para ela poder voar.
O Velho Xamã quebrou as correntas que a aprisionava e ela diante do imenso
Abismo se apavorou e não conseguia nem sair do lugar.
O velho Xamã riu e disse para águia: águia, velha amiga,
Quebrei as correntes externas agora tu precisas quebrar as correntes internas
Que te aprisionam e não te deixam voar

Um Dervixe Recitava Um Poema

Um Dervixe recitava um poema
Numa lingua morta que só o deserto entendia
Em seu idioma nômade-
Ele, o Dervixe, estava dançando em um jardim etereo e sagrado.
Além muito além das meras palavras que digito ou escrevo
Ele senti em si, o Verdadeiro como um grande abraço...
De uma força que esta além de compreensão

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Noite Gélida In Recife

Noite gélida in Recife,
Meninos suicidas
Na beira do caís
Que caótico observa
O movimento.
Meninos suicidas
Consomem uma pedra
Que lhe consomem.
- A alma, cheia de imagens televisivas.
Tudo anda correto do décimo terceiro andar.
Mar de luz é a cidade
Ao longe, de perto, um grito contido.
Como em um baculejo de policia.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Coquelel Molotov

Coquetel molotov voando
Em rua insandescidas
Sirenes de policia
Gritos,tumulto...
Um poema de Nerudiano escrito
Em um muro clamava por justiça
Numa onde fim.
Flores jogadas do alto dum prédio
Insensivel ao sofrimento.
Dava um toque Godardiano ao ambiente
Futurista de uma revolta civil.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Fragmentos 2 avos

A carne ataca o homem com caricias sutis

O Desejo de Um Fruto

O desejo de um fruto
É amadorecer (amar a Dor e ser! Doce, na boca dos homens...)?!
Cair,
E morrer?
E virar, semente...
Renascer da sepultura agrária
E virar arvore de fruto novamente.
És a vida.
Icognita de deuses e devas
Que se beijam num êxtase sem fim

Canto ao Lapidário

Canto ao lapidário
Que senti o vento frio na pele
E não reclama
Canto ao lapidário
Que cruza desertos salinos
Sem medo e sem furia
Canto ao lapidário
Que abraça a solidão
Como uma amante antiga e amiga
Canto ao lapidário
Que sobe montanhas imensas
E não teme a morte
Canto ao lapidário
Que enfrenta as sombra internas
Com uma brandura de uma criança
Canto ao lapidário
Guerreiro da esperança

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Flora de Jardins Suspensos no Ar

Flores de jardins suspensos no ar
Cheiro de jasmim voo de mangangar
Cristal brilhando como estrela
Em uma costelação distante
Farol de milha
Arrebol diamante –

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Festival da Primavera

Guerra de cores surreais
Jogada ao vento
Como uma brisa suave
Guerra de cores ancestrais
Aquarela de cores de um jardins paradisíaco
Mantra florido de flores celestiais
Guerra de paz!
Festival das Cores esvuaçantes
Que voam com o vento
Holi Festival viva esse momento...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Jardim Caboclo

Jardim caboclo
Numa casa encantada
Que fica num sitio
Num sopé de um monte
Jardim suspenso
De flores tropicais
Há progar aromas
Como um incensário divino
Jardim suspenso
Em um lugarejo,
Brejeiro,
Agreste e sagrado
Como a vida....

Eu ouvi Um Grito Libertário

Eu ouvi um grito libertário
No meio do deserto
Ele clamava por asas
Eu ouvi um grito libertário
No dentro de um hospicio
Ele clamava por sanidade
Eu ouvi um grito libertário
Dentro de uma prisão
Ele clamava por liberdade
Eu ouvi um grio libertário
No meio da rua
Ele clamava por atenção
Eu ouvi um grito libertário
Nas alturas celestiais
Ele clamava por paz
Na terra.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Monje

O silêncio foi a primeira palavra
A ser creada e amada
Assim falou: um monje que passou por mim
Numa noite escura na beira de um rio silencioso.

Que Importa a Cor da Pele

Que importa a cor da pele
Que somos todos brancos
Branco são os ossos
Derme lunar de cálcio branco
Que importa a cor da pele
Seja ela: amarela,branca ou negra
Um dia terá o branco pálido dos ossos sepulcrais
Que importa a tua cor
Tudo um dia desvanece e morre
Nesse mundo de ilusões
A cor da pele é como um imblema elitista
Poeira simplismente poiera é a cor da pele
Um dia os ossos calados não darão um grito racista
Porque serão todos brancos cor de pálida carniça

Ode à Lua 12##

Lua branca flor
Nas águas celestiais
Barcarola Lusitana
Águas batismais –
Lua corola lunar
Há inspirar poesias
No alto mar –
Baco canta teu nome
Com um copo de vinho na mão
Paraísos artificiais,doce ilusão
A legria e o prazer é = a amargura
Antidoto dos buscadores
Que um dia terão o paraíso.