sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Bruma Química ou Ode A Malatesta

Deitado olhando estrelas que se precipitam
Da abóboda celeste como anjos Niilistas!
Uma canção antiga cantada em Frances Arcaico.
Mim fez sonhar:
Um vinho envelhecido em meio a livros e panfletos anarquistas.
Uma frase que um discípulo de Errico Malatesta recitava me fez acordar.
No meio da bruma química do gás lacrimogêneo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Paraíso Dantesco Parte I

Ilusões encarneiradas em muros.
Grafitados por punk e skinred.
Ideologias díspares & em louca disparada.
Como uma hiena enlouquecida.
No meio do deserto.
Enfim, desperto,em um Paraíso Dantesco.

domingo, 19 de janeiro de 2014

É divino & maravilho

É divino e maravilho ver as flores no campo.
Cantando graças ao Sol.
É divino e maravilhoso ver o entardecer.
Com seu véu multicolorido.
É divino e maravilho ás notas, das estrelas.
Luzindo no meio da noite, como faróis místicos.
É divino e maravilhoso respirar e ter o dom de viver!

sábado, 18 de janeiro de 2014

Vaga-Lumes & Carburetos

Vaga-lumes movidos a carbureto.
Voando em vastidões planetárias
Loa de cachaceiro na porta de um bordel
Rima de viola dedilhada com o coração
& Zé Limeira jogando versos
Alquimicamente panfletários
Na cara do coronelismo vigente.
Enquanto isso, uma rasga mortalha rasgava
uma bandeira de uma república de bananas.
E Zé Limeira corria jogando versos pelo ar
Impregnado de sangue e pólvora
E esperança também que ele carregava.
Em seu alforje.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Arranjo da Natureza

Arranjo da natureza
Engenharia de rara beleza
Musgos na derme rupestre
Água escorrendo como caricia aquática
Yin e Yang amando-se num ritual tântrico.
Borboletas voando e cantando um cântico silente.
& sonoro como o amor

sábado, 11 de janeiro de 2014

A casa do Pensamento ou Rede Estendida

A casa do pensamento está aberta
Um aroma de paisagens esquecidas pelo tempo.
Vêm dançar e dormir solenemente numa rede estendida.
Estendida no firmamento – como uma poesia Nerudiana.
A casa do pensamento está em festa.
Como uma árvore toda florida – onde pássaros cantam alegremente.
Sua arquitetura é de mais singela simplicidade.
Como que esculpida por um joão d´barro.
Odes,
Rimas,Rubayats,poesias:
Sons e instrumentos que ainda não foram creados.
Alquimicamente enfeitam seu ambiente.
Curandeirismo sonoro de aves raras.
A casa do pensamento é templo de mil portas e janelas.
Que nos transportam a mundos que ainda estão por vir.

Dragões Adormecidos ou Ode às Usinas

Dragões adormecidos
São as usinas acorrentadas por dividas & dúvidas
Dragões enferrujados
Que não causam mais medo
E nem semeiam dinheiro e sangue
Por onde passam!
Dragões adormecidos,e não falidos
Pois,falidos, está o povo.
Que alimentavam com suor e lágrimas
O velho dragão e seu intestino da oligarquia voraz
De fogo e fúria
Como uma caudeira de usina
O dragão dorme em terras férteis
Que não divide com ninguém
E povo segue caminhando
Por paisagens devastadas
Por uma lavoura egoísta que se chama Cana-de-açúcar

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Ode a Fausto Woff

Caminhante de pradarias lusitanas
Decifrador de poesias rabiscadas em muros equinociais.
Aventureiro que coleciona estrelas e poesias
Lobo solitário em meio á multidão tumultuosa
Fauto Woff – antropofagia de boêmias e cantigas.
Singram teu caminho,como ondas de um mar idílico.
Tua saliva de vários idiomas contam as narrativas
Dos homens!
& dos seus sonhos (...)
Velho mambembe e forasteiros de planetas ensolarados.
Eu canto essa ode à vós!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Circo vai Tremer ou Ode Mambembe

O circo vai tremer
Enquanto,houver, um lumi(arte) mambembe.
Com um nariz de palhaço
Jogando fogo e malabares ao vento
Fazendo a avenida toda estremecer.
O circo vai tremer
Com seus girassóis rodopiantes
Como sóis Vangoguianos
O circo vai tremer
Circo sem lona
Com estrelas vespertinas
Como espectadoras de um espetáculo sem fim