segunda-feira, 28 de março de 2011

Réquien Para Lula Côrtes


O Recife se cala perante o poeta
Que vai embora.
Erickson Luna
Espera-te com um sorriso no rosto
& te abraçar fraternalmente
Tragaste a vida como um cigarro
Bebeste a vida como um cálice
De puro vinho.
O Recife se cala perante o poeta
Que vai embora.
As Musas cuidaram de ti
& traduziram teu poemas
Em um idioma desconhecido.
& Rumi te mostrará que a revolta
Não leva a nada.
& que a vida é breve como uma noite
Que se passa, no Recife Antigo.
& tu escreverás com ele novas
Poesias como nunca havia feito antes.
Adeus poeta!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Silenciar de Viola


O silenciar da metralhadora
Verborrágica de um poeta cantador
Em pleno, campo de batalha literal
Uma rasga mortalha truculenta
Canta uma cantiga à lua
Um olho de água para!
Um vento se principia (...)
& o silencio da viola é assustador.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O barro parte II


O barro que moldou o homem
É a carne de Pachamama

Fogo de Candeeiro I


A alma é como um fogo de candeeiro que arde dentro do peito

domingo, 20 de março de 2011

Oração à Neruda


Incenso de palo santo na mão de um Xamã
Fogo sagrado que crepita ritualisticamente
Estrela que dança na solidão Andina
Vento frio que propaga aromas
Semente germinal e santificada
- Que pulsa no ceio de Pachamama
Tambor que bate como
Um coração nas altas soledades
Afasta o mal e espalha virtudes
Como um poema Nerudiano

sexta-feira, 18 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Balão Multicor


Como um balão solto no ar
A voar nas asas do vento
Colorindo o céu azul
Com a sua panacéia multicor
Assim é: o amor

Ode à Lenilson


Como uma obra Lenilsiana
Cheia de historia para contar
Trama urbana da Paulicéia desvairada
Cheiro ocre de asfalto na garganta do monarca
Lenilson* artista urbanoide
Trovador de tinta e pincel
A capela do Morumbi ainda
Canta teu nome

*Leonilson, artista fundamental para a arte visual brasileira dos anos 1980.

domingo, 13 de março de 2011

Lira na mão do Anjo


A lira na mão do anjo
Cria miríades de mundos
Que um semideus colhe
& põe num colar
Que adorna a eternidade

O barro parte I


O barro que unta o corpo do homem
Como uma camada fina de lama
É o, mas humildes dos profetas

quinta-feira, 3 de março de 2011

haikai Flor de cajueiro#Oitavada#8


Uma flor de cajueiro
Espalhando aroma pelo ar
Ar mar azul anil

Flor de caju carne em flor
Flor de cajueiro cadê o meu amor?!
Que esta escondida no horizonte (...)

Flor canora e ave cantante
Incenso dependurado no dossel
Cajueiro fruto do paraíso, ave do céu

Fragmentos IX


Cajueiro pintado de azul turquesa costurado na cumiera do céu

terça-feira, 1 de março de 2011

Um conto#A Pólvora


A pólvora foi criada das cinzas
De dois amantes, assim falou.
Um monge budista para seus discípulos.
Aos pés do Himalaia.
E um de seus discípulos perguntou:
Quem criou o fogo.
O mestre respondeu-lhe; que foi a. Paixão que é a maior incendiaria que há.

La Folia de Momo #0


A folia de Momo
Ira começar
A alegria luxuriante,
Como um luzir de purpurina.
Ruas empilhadas de gente
Uma massa humana há se alvoroçar
Em busca da felicidade que dura
Três dias e às vezes cobra um preço
Mui alto La vida
& a folia é uma fogo
Que devora mutidões

Haikais Oitavados #1


Pedra silente a dormir
Vôo de condor na imensidão
Assim é a alma

Punhado de terra
Fogo fátuo no bojo
De uma viola
Assim é a morte

Um gemido um braço
Um grito ao nascer
Assim é a vida