quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Tradução do Deserto
Poeta que atravessa deserto
Com a viola não.
Poesia de Beduíno
É: areia solta na imensidão.
Falcão de nobre estirpe
Caçador da corte real
Voai no céu de anil
Ave fuzil
Poeira & cal (...)
Ouço no meio do deserto
Um som de maracatu!
Tambores que falam aos deuses
Que o jardim do Éden se encontra
No homem, e os deuses sorriem
Um riso de água da fonte.
Que um poeta cego traduz
Em um idioma esquecido
Há tempos
Onde há rosa
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Um Trovejar de Violas
Um trovejar de violas
Na sacola dum velho cego
Bater asas de vaga-lume
A luzir no firmanento
Um trovejar de violas
Em si,carregam lamentos.
De cigarras desgarradas
A chorar o fim do verão
Invernia,
Poesia;
Sertão.
Cheiro de catingueira*
É incenso de matuto
Solto no ar
Como poesia.
N.T -*Catingueira-Planta encontrada na região do sertão e do agreste.
Labor (Atorium) I
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Azul Absinto ou Ode há fogueira
O azul plasmado no acorde silencioso,
Percorrem milhas em um átimo de segundo.
Uma pedra cai, coberta por liquens milenares.
O céu azul absinto na boca de um Anjo,
A recitar um mantra num idioma desconhecido.
Uma viola,
Uma fogueira;
Um manto de estrelas que parecem vaga-lumes
Ou luzeiros perdidos no bojo duma viola.
Que gravita entorno duma fogueira
Numa noite de poesia e luz (...)
domingo, 25 de setembro de 2011
O exorcismo interior
Mendigo comedor de migalhas
Que cai da mesa de demônios carniceiros
Que sorriem um sorriso sulfuroso
Mendigos de ruas obscuras
E prostituídas
Mendigos lamentadores
Menestréis esquecidos
Que dormem em um sono alcoólico
Sabotadores de si mesmos
Mendigos com sacos rotos e perfurados
Pelo tempo, de ociosidade suicida.
Acordai-vos da inércia de suas vidas
Que a luxuria com seu hálito putredo
Cesse de te sufocar!
Mendigos renitentes (...)
Afasta-te perante o bom conselheiro,
Que se aproxima, trazendo alento e acalanto.
& que a luz do Divino Espirito Santo
Lavem tua vestes sujas.
Mendigos interiores que teimam em cair
Afasta-te!
& deixa-me voar no azul que se anuncia
No meu pensamento. "O maior exorcismo é a alegria" São Francisco de Assis
Que cai da mesa de demônios carniceiros
Que sorriem um sorriso sulfuroso
Mendigos de ruas obscuras
E prostituídas
Mendigos lamentadores
Menestréis esquecidos
Que dormem em um sono alcoólico
Sabotadores de si mesmos
Mendigos com sacos rotos e perfurados
Pelo tempo, de ociosidade suicida.
Acordai-vos da inércia de suas vidas
Que a luxuria com seu hálito putredo
Cesse de te sufocar!
Mendigos renitentes (...)
Afasta-te perante o bom conselheiro,
Que se aproxima, trazendo alento e acalanto.
& que a luz do Divino Espirito Santo
Lavem tua vestes sujas.
Mendigos interiores que teimam em cair
Afasta-te!
& deixa-me voar no azul que se anuncia
No meu pensamento. "O maior exorcismo é a alegria" São Francisco de Assis
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Ode As Parteira
Parteira tu trás a luz em tuas mãos
Benfazeja e benzedeira
Parteira tu trás a luz em tuas mãos
Que semeiam vida em abundancia
Como chuva que atravessa alto mar
Parteira tu trás a luz em tuas mãos
Como reza silenciosa que é quebrada,
Por um choro duma criança.
Que vem pela luz de tuas mãos
Oh parteira, enfeitar o mundo.
E entrar na ciranda da vida
De grãos de luz és colhedora
Parteira (...)
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Ao dia da Arvore ou Ode à Arvore do Paraíso
Quando Deus creou a primeira árvore no paraíso
Um revoar de andorinhas andarilhas pairou sobre ela
De seu fruto bento (...)
Surgiram todos os frutos que não reclamam que dormem ao relento,
De sua folhas (...)
Surgiram todas as folhas que dançam com o vento,
De suas sementes (...)
Surgiram todas as sementes que é proibido ao dente esmagar,
De suas cascas (...)
Surgiram todas as cascas ritualistica e benfazeja que faz a tudo sanar,
De seu caule (...)
Surgiram todas as raízes que sustentam continentes inteiros,
De sua corpo (...)
Surgiu toda a madeira corpo osso da árvore,que o homem fez escultura
E começo a criar e imitando Deus começou a amar.
& a primeira arvore do paraíso dançou junto com o homem
Não suspeitando nem em sonhos da existência da motoserra
Que dormia na mente do homem.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Porta do céu
Incenso raro na mão de um Deva
Mantra recitado por criança é
Dissipador trevas.
Rede que dorme um poeta
Acalentado por estrelas
Translucidas madreperolas
Altaneiras.
Retalho azul dos Andes
Costurado por Pachamama
Num altar milenar.
Fruto do paraíso
Gaivota solta no ar.
Flor que dança em teus cabelos
Ou na boca do menestrel
Estreito é o laberinto
É porta que entra no céu
sábado, 10 de setembro de 2011
Rede dependurada na Lua
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Terrorismo
Engenho Arte com Suas Moendas Neuronais
Engenho arte com suas moendas neuronais
Galeão incensando os 7 mares
Com especiarias da Índia
Engenho arte com suas moendas neuronais
Gaivota livre a singra o céu azul
Engenho arte com suas moendas neuronais
Musa bonita há beijar a boa do infinito
Engenho arte com suas moendas neuronais
Cometa menino há cruzar o horizonte
Engenho arte com suas moendas neuronais
Chapéu Panamá na cabeça
Boemia de Compay Segundo*
Engenho arte com suas moendas neuronais
Transforma símbolos em palavras
E a vida em poesia
Engenho arte com suas moendas neuronais
Que voam na velocidade da luz...
*Compay Segundo-Grande Musico Cubano que fez parte do Buena Vista Social Club
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Haikais e outros pontos...
Oferto
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Flor da noite
Conheci uma flor da noite
Andar (rilha)
Cigana,
Misteriosa;
Sonhadora como uma fada
Há pintar estrelas arrebol
Conheci uma flor da noite
Numa noite de musica & de festa
Estava só acompanhada com seu
Nobre coração de poetisa
Transmutava tudo há sua volta
Com um sorriso e um comentário
Fazia tudo luzir.
Vi rimas escritas em teu longo vestido
Em caracteres antigos que um deus pagão
Escreveu para aludir à primavera que se aproximava
Seguindo teus passos e teu olhar.
Valeu Juh!
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Despertar ou Ode ao Amanhecer
Quando o dia amanhecer
E não haver, mas fuzis
Que massacram homens
Quando o dia amanhecer
E não haver, tanques de guerras
Que esmagam homens
Quando o dia amanhecer
E não haver, mas granadas
Que mutilam homens
Quando o dia amanhecer
E não haver, mas ganância
Que destrói a terra
Os pássaros falaram para os homens
E contaram segredos que estão guardados
No âmago da existência como uma sinfonia
Inacabada esperando o despertar do homem
Integral e sereno como um olhar de uma criança
Eles dançaram de mãos dadas com a Natureza
Haikais beijo de luz
Solitudes II
Dois desertos não se beijam
Pois, a distância não deixa
E a solidão, dança um tango.
Em ambos, como um ciclone
Empoeirado.
Encara (co) alados ou Cabelos Voadores
Arcano escrito na palma da mão
Viola cantante, pedaço de pão.
Cego Aderaldo numa noite de festa
Há propagar rimas ao vento.
Quê dança com uma rosa dos ventos
Dependurada nos cabelos encara (co) alados.
Que voam como anjos Andinos sob a cidade
De Potosi.
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