quarta-feira, 9 de março de 2016

Ode a Naná ou Nota que se Propaga


A noite dos tambores silenciosos

Chegou mais cedo

Naná Vasconcelos toca seu berimbau

Em outras paragens distantes

Cantando em idioma Ioruba uma chegança

Toca Naná com teu corpo percussivo

Com tua voz que ecoa como os martelos de Xangô

Toca Naná com o som das esferas

Uma cantiga Banta, que faz florescer

Os pés de Baobá (...).

Canta Naná como um canto de cachoeira,

Que propaga liberdade e harmonia.

Canta Naná tu tiveste: a ousadia de cantar

E tocar em meio a correria desenfreada.

Pelo status quo!

D´us é música que se propaga eternamente,

És agora uma nota musical Naná Vasconcelos.

 

 

sexta-feira, 4 de março de 2016

O Cachorro de Barro


O cachorro de barro

Perambulando mambembe

Entre escombros

Correndo entre os carros

Que escarram fumaça e fuligem

Do alto de prédios escarpados

Políticos engravatados

Encoleirados em malas de dinheiros ilícitos

Cantam um réquiem ao bel (prazer) que goza impropérios

Num latim arcaico!

O cachorro de barro

Corre ao rincão agreste

Pedindo clemência ao Mestre Vitalino !!!