quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
O Sol a Pino
O sol a pino
Sorrindo como um velho eremita
Marteletes
Maretas
Canetas proletárias escrevendo no solo
Da Mãe Gentil com suor & sangue
Ave bala de fúzil
O sol a pino
Os homens labutando
Em busca da ave venda mercatil
Que move o mundo
Dinheiro que compra o silêncio e a força da massa
Engrenagens ferruginosas de velhas usinas
Usinagens do engenho arte do homem
A serviço de niqueis que serão esquecidos
No poço dos desejos do consumo
Num domingo qualquer
o sol a pino
imponente vê o mundo
como um grão de poeira que um dia se desvancerá
Na noite de Brahma
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Que o Engenho Arte Parte I
Que o engenho arte
Arterial urbano
Anjo barroco mameluco e profano
Dançando em avenidas canavieiras
Lata d’água voadora:
Faca peixeira,
Faên voando,
Resto de feira.
O engenho arte
Neo-rural
Ciber Punk
Niilista
Reza Banta
Incenso de missa.
domingo, 27 de janeiro de 2013
Céu de Krishna
A luxuria sufoca a criatividade como uma fumaça que feicha a luz do sol
Rima em arrebol.
Flores no campo;
Luz do sol.
Ode a um ser de Luz
Que sorrir perolas em um paraíso distante
Cachoeira limpida équidistante
Pedra corberta por musgo
Incenso de palavras que voam
No céu de Krishna
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Um Cheiro na Epiderme da Alma
Um cheiro na epiderme da alma
É como água de cachoeira
Deslizando lentamente
Um cheiro na epiderme da alma
Em noite de lua cheia Rio correndo manso Doce canto de sereia
O Horizonte dança a Minha Frente
O horizonte dança a minha frente
Como rios caudalosos a singrar a derme planetária
O horizonte dança a minha frente
Como um dervixe girante recitando odes sem fim
O horizonte dança a minha frente
Como um semi-deus pagão jogando flores ao vento
O horizonte dança a minha frente
Como um barco a voar, no horizonte que há dentro de mim.
O horizonte dança a minha frente
sábado, 12 de janeiro de 2013
Poesia de Bêbado é Loa
Poesia de bêbado é loa
Haikai cheirando a saquê:
Perambulando mambembe,por ruas suspensas.
Abri-te guéla que já vai ela!
Descendo rasgando tudo
como gato descendo barranco
Loa teu petisco é umbu
É caju
E a cachaça suor de taxo de cobre
Que verte de telhas enfileiradas
Nas costas de escravos mamelucos
Com o codinome água (ardente)
Que arde na guéla feito loa...
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
O Lamento das Correntes
O lamento das correntes
É renitente como um trovador cego por um senhor feudal
Que canta á tristeza da alma com trovas (Ca) vernais.
O lamento das correntes
Ígneo e feroz como tangues há esmagar campos floridos
O lamento das correntes
É rima de chumbo na boca de um fuzil
Cruzando o céu como um sorriso macabro
O lamento das correntes
Que o homem mesmo criou
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Ó pai dos umbuzeiros...
Ó pai dos umbuzeiros benzedor e benfazejo
Ó pai dos umbuzeiros agrestino da mata norteiro
Ó pai dos umbuzeiros frutos nascem dos teus ramos batismais
Como rios equinociais.
Ó pai dos umbuzeiros que voa leve e silente como um bochornoso bacural.
Ó pai dos umbuzeiros...
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