quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A dança do pólen


A dança do pólen
Que o vento alquímico
Eleva (...)
Em alturas de altiplano
Andino (...)
Um mantra é recitado
Por um índio que habita
Em outra dimensão
O sol brilha (...)
A porta do paraíso
Esta no corpo da mulher
Como uma tatuagem de rena
Que um Saniasi lê
E guarda o significado para si

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fragmentos VIII


O comendador dos ventos,
É pífano brejeiro

Ao Mestre Griô


Ao mestre Griô
Peço uma benção
Florida como um pé
De umbuzeiro
Cantante como um
Bojo de uma viola
Contente como um olho
d água que borbulha vida
Ao mestre Griô:
Contador de historias
Acendedor de fogueiras
Rezador
Benzedeiro
Violeiro
Levantador de poeiras
O vento Norte também
É Mestre Griô!
Propagador de aromas
& de doutrina.

Quebrai


Quebrai os diteis dos pórticos antigos
Para que venha a calma
Quebrai as amarras coaguladas com sangue
Para que o dia floresça
Quebrai os elos da mórbida corrente do desejo
Para que possas voar em um horizonte pleno
Quebrai vossos conceitos
Para que possas enxergar a vida
Como ela realmente é (...)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fragmentos VII



O baobá é exímio capoeirista,
Com suas raízes esvoaçantes no ar

Há receitas! de Poesia


Ampulheta empunhada pelo tempo
Areia fina carregada pelo vento
Barco a singrar a face do mar
Sorriso de madrepérolas
Na boca de uma sereia
Tinta fresca a propagar nuance
Num pincel de um de artista
Coração transbordante de amor
Há receitas!
De poesia (...)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Há um (...)


Há um (...)
Jardim suspenso,
Sustentado por anjos caboclos.
& ele dura a eternidade
De um beijo.

Fragmentos VI


O céu num campo de batalha,
Vesti-se de nublado para não ver
La carnificina.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Haikai a Pachamama


Incenso é queimado
Numa pira ritualística
O sol dança no zênite

Um canto polinizador
É recitado na madrugada
& abelhas voam no vergel vespertino

Cântaro de barro chibcha
Contendo vinho cerimonial
É ofertado a Pachamama

Fragmentos V


Um tanque de guerra parado
Em frente a uma hermida,
Soltados também rezam!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O fogo da inspiração


O fogo da inspiração
É ar arte (rial) que perpassa
O pulmão (...)
É fogo a crepitar em altar antigo
Há acender antigos mistérios
Que o ancião do tempo vela
O fogo da inspiração
Escrevi em si mil poemas
E odes que carrega em seu pescoço
Como pérolas (...)
O fogo da inspiração
É transmuta (dor) alquímico
É maquinaria alquímica
Há serviço da alma coletiva do povo!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bandeira Feita de Pano de Chita


Caboclo de lança voa
Em mundo paradisíaco
Onde não exista canaviais
Nem usinas devoradora de homens
Vai a um país
Onde tudo é fartura
Onde a tarde é dourada
E tu vê ao longe bravo caboclo
Um revoar de tanajuras
Um país onde a bandeira
É como um pano de chita
E colorida igual a teu sorriso
Que tremula não com medo
Mas,cheia de alegria
Igual a uma criança

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Fragmentos IV


Pássaro com asas impregnadas de sangue, de outros territórios, mas, carregando
No peito uma canção de paz

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Haikai a Um Punhado de Pétalas


Um punhado de pétalas
É jogado num rio
Que murmura um obrigado

Um beijo é dado
Em um altar mor
Em um altar do amor

Duas montanhas se olham
E lágrimas de água doce corre
De suas entranhas por não puder se tocarem