Á Luz de Velas

Haikais Torquatianos grafitados

Em um muro em Buda Peste.

Alertava em uma linguagem velada.

Á luz de velas que o mundo é doido de dar dó.

Mas tem jeito!

Minha Alma Sorrir

Minha alma sorrir.

Como miríades de sóis

Que brilham no céu de Krishna

Minha alma sorrir.

Como água correndo, mansa na cachoeira.

Minha alma sorrir.

Como vento Andino, voando livre, nas cordilheiras.

Minha alma sorrir (...).

Portal do Paraíso

Jóias alquímicas que brilham.

No meio da noite, como estrelas cintilantes.

Ametista na tiara da princesa.

Portal de luz em um mantra silente.

Jóias alquímicas transmutem os pensamentos.

E dai-me o prazer de dançar como um Dervixe.

No portal do paraíso. (...)

Ave de Rapina Alucinada ou Ode aos Bueiros

Enxadas enferrujadas contam historias

Carcomidas pelo tempo.

Bueiros de usinas que mais parecem.

Bacamartes encravados no chão.

E com sua boca de fogo para cima.

Donde, sai aterrador clarão.

Ave de rapina alucinada.

Confidenciou-me: “Os canaviais irmão,

esconde a fome em verdes paisagens".

O poeta mambembe sorrir e voa no meio

Do latifúndio que late como cão raivoso que é.

Céu Violeta

O céu a noite é cor de violeta.

Com suas estrelas matutinas.

Esperando para vir matutar.

O terreiro enluarado, com seu tapete de orvalho.

Ode mística de café quente que espera o amanhecer.

Bento e benfazejo, como, um abraço de mãe.

A Dança dos Elementos

A dança dos elementos reverberam.

Em notas cíclicas & cabalísticas.

A dança dos elementos voam no éter e no ar.

Como damas vestais, vestidas de luz e de som.

A danças dos elementos rodopiam em cores primordiais.

Como Dervixes Girantes em mandalas sem fim.