
Vi num punhado de farinha enigmas cabalísticos
e dizia assim:
um anjo forjado por resto de enxadas e foices
abandonadas num deserto canavial.
Bagaceira,Pó e Cal
Bagaceira,Pó e cal!
Faên cravejado de diamantes na mão
duma Criança e que voa como um disco
Vuador por cima de Usinas Sanguinárias.
Carro de boi Carregado de carcaças
de senhores sem engenho
Pois estão todos mortos
Pois estão todos mortos!
E seguindo o carro de Boi
Um Rabequeiro cego
Tocava uma cantiga
e chora lágrimas tão doce
Mais tão doce!
Que o canavial
Com sua baleeira verde-cortante
Envergonhado fugia
Em disparada!
E pra nunca Mas voltar
E pra nunca Mas voltar!
Eligilvan
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