
Pontes do Recife. As águas que singram teu ceio refletem a alegria e o medo.
Pessoas passam margeando o Rio que agoniza.
A agonia do Rio é á agonia de muitos.
Que passam sem saber pra onde ir.
O cheiro torpe de lama, fecunda, onde um anjo de Asas molhadas canta.
Um réquiem!
Enquanto isso, o carnaval sufoca sua voz sulfurosa.
Que se confundi com a voz do povo em seu réquiem carnal.
Que canta pra ver que a tristeza vai embora.
Só que em dia de carnaval a tristeza se traveste de alegria.
E chora em meio a multidão que vai embora.