quinta-feira, 1 de abril de 2010

Vi no campo de batalha um santo de guerrilha ou ( Bandeira sem Pátria )


Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Camilo CienFuegos
Che Guevara
Sandino
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Antonio conselheiro
Cantando um bendito
Zumbi correndo com seus guerreiros
Numa disparada banta.
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
O olhar triste de Patrice Lumumba
Uma oração duma mãe da plaza de mayo
Vale mais que ouro
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Um menino do Camboja
Um menino Palestino
Dormem ouvindo monossílabos
De metralhadoras.
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Numa favela carioca
Numa favela recifense
A injustiça dita toques de recolher
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Num gueto, em Nova York.
Num campo de refugiados
Na selva Africana.
A violência tem o mesmo nome.
Vi no campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
No campo de batalha
Também vi uma flor
Era à flor da esperança
Que sorria a pesar de tudo
Mas!
No campo de batalha
Vi um santo de guerrilha
Que levava consigo uma bandeira
Branca, uma bandeira sem pátria.
Uma bandeira sem nome e sem símbolos
A bandeira da paz

Um comentário:

  1. Que poema!! Muito profundo,contestador...

    "Também vi uma flor
    Era à flor da esperança
    Que sorria a pesar de tudo"

    abçs pra tí, fofo!

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