terça-feira, 11 de maio de 2010

Folha caindo(ou Céu de Haikais e Doce de Catolé)


Uma folha cai de alturas abissais.
Enquanto isso, um anjo voa com ela.
Recitando um poema numa língua morta Que ele encontrou atrás duma porta.
Que levava há paraísos.
Uma taboa xilogravura (da).
Escrita em caracteres antigos
Continha uma oração feita
Por Pativa do Assare
Que criava paisagens
Que transmutava miragens
Em puro doce de catolé
Enquanto isso, o anjo seguia.
A folha de cai dum céu feito
De Hakais (...)

2 comentários:

  1. Eligilvan,

    Muito bom seu poema.
    Vejo as missigenação da poesia e da temática clássica com a cor local sertaneja que nos é tão real e idiossincrática.
    A própria métrica me surpreendeu e o jogo de intertextualidade (se é que se pode chamar assim) com a gravura é riquíssimo. Además, a tela em sua composição que me remeteu a passagens do livro O 15 de Rachel de Queirós, somadas as telas de Portinari somadas a uma inflência da cor pura da arte egípcia.

    Gostei bastante!

    Ah, meu blog: http://10byteen.blogspot.com/

    Abraço!

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  2. Obrigado hermano por tão eloguente elogio,fico grato e volte sempre.

    eligilvan

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