sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Nasci um Cristo periférico


Nasci um Cristo periférico
Em um barraco proletário
Em um país subdesenvolvido
Um matraquear de metralhadoras
Importadas de impérios distantes
Cruzam a madrugada fria-
Nasci um Cristo periférico
Em meio a balburdia suburbana
Um clarão é visto
É há paz que se anuncia
E não é na media gorda
Que grita ao quadro cantos!
É um cem numero de anjos
Feitos por mãos Vitalinas
Que cantam ao seu nome
Nasci um Cristo periférico
Numa manjedoura do SUS
Não leva o nome de Jesus
É um menino franzino
Tremendo de medo
Por ter nascido
Em um país chamado
Brazil !
Nasci mas um Cristo periférico
As balas de fuzis cruzam o céu
E um galo canta
Amém

Um comentário:

  1. Essa poesia que fiz é como um desabafo perante tanta impunidade que ainda reina renitente na sociedade brasileira.
    "O verdadeiro desenvolvimento,é o desenvolvimento do homem" Josué de Castro

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