segunda-feira, 28 de maio de 2012

As Mães de Potosí

As mães de Potosí lamentam
O fim lento de seus maridos
Que mau chegam aos 40 anos
Com os seus pulmões esgotados pela silicose
Que a montanha carcomida dá de graça
Como lágrimas petrificadas de tempo idos
As mães de Potosí choram lágrimas
De metais ferruginosos do solo Andino
A morte ainda anda, por galerias subterrâneas
Como um vil torturador, maltrapilho,deixado pelos colonizadores.
Para ceifar os mineiros que buscam há prata e encontram a morte
As mães de Posotí criam seus filhos para serem devorados
Por uma montanha oca,onde há mil galerias ferruginosas
Condesentes como uma boca.

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