sábado, 7 de novembro de 2009

Cordialisticas ( A viola fala o que a alma senti )


Céu azul todo anil
carcará voa ligeiro
aura bala de fuzil.
O sol é candeeiro celeste
que brilha do Moxotó á Buda Peste
Um sanfoneiro que tocava num
antigo bangué chorou a ver
o mundo se transforma num torrão de açúcar
Um negro banto de sorriso de marfim
disse que o mundo gira loucamente
em um rodopio sem fim
Enquanto isso,um capial com sua
viola vazia cair estrelas do céu
em uma noite de lua
em uma noite de lua

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Haikais 1/4


Uma pedra cai no lago
O lago abraça a pedra
que dormi profundamente


Um beijo dado no vento
é auspicio de boa sorte
a mão que joga flores
na hora da boa morte

Um anjo de asas de ouro
estradas sem fim eu fui
escapulário de santa rosa
é rosa que me conduz

Labor de mão calejada
é cantiga que o vento canta
cavalo em disparada
estrada da boa esperança

Haikai que voa e cai
na boca de um poeta
Rima,sina e reta

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Monge e o Abismo


Num sopé de um monte morava um monge.
O monge ia ao fim da tarde conversar com o abismo. Que era seu melhor amigo.
Um dia vendo o silêncio abissal que o rodeava. O monge. Gritou com tanta força
Mas tão forte. Que ouviu sua própria voz foi ai que notou que estivera só fazia milênios.
E chorou. E uma águia desceu e disse para o monge: Homem deixe a solidão de abismo pra lá. Venha para solitude do céu que abraças estrelas e constelações. Nesse dia em diante o monge que foi amigo do abismo passou a ser amigo do firmamento.

sábado, 31 de outubro de 2009

O vento me contou


O vento me contou que do outro lado da montanha há um canteiro de flores
que exalam vida como um aroma impregnado a mui séculos.
O vento me contou que os pólen dançam numa tarde silenciosa em seu balé sem fim
Uma árvore milenar que o vento acariciou com seu sopro marinho confessou ao vento:
que seus frutos e suas folhas tem vida em abundância.
O vento voo alto e as aves de rapinas lhe contaram que o jardim que o vento
percorria em sua incursões era o paraíso.
O vento sorriu buscando dentro de si aromas de paisagens distantes
e disse para si mesmo:
que o paraíso habita dentro de cada um de nós
O vento me contou tudo isso quando eu voava com ele

Aos senhores da guerra


As hienas cruzam o mundo
E sorriem seu sorriso mórbido
Elas vendem a morte em forma
De: projeteis, granadas, fuzis e tanques.
De guerra.
E toda espécie de maquinário belicoso genocída.
As hienas mercadoras da morte
Senhores da guerra
Como abutres de asas encarniçadas voam
Sobre regiões em conflito levando a morte
Encaixotada pelo mundo á fora.
Pois, os projeteis que eles vendem são como.
Cães raivosos.
Que voam e destroem vidas
Como você!
Mercado da morte
Senhor da guerra ...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Caboclo bebe jurema e voa pelo céu azul anil


Caboclo bebe jurema e voa pelo céu azul anil
Faen
Faca
Fuzil
Caboclo bebe jurema e voa pelo céu azul anil
Como um disco voador enfumaçado
Ele cai como um cão alado
Que ladra pra lua
Que ladra pra lua
Caboclo bebe jurema e voa pelo céu azul anil
Rabeca
Pandeiro
Zabumba
Caboclo bebe jurema e voa pelo céu azul anil
Tua cabeleira multicor ( Lorida )
Como uma dança florida
Tu voa ó caboclo
Por canavial
Por canaviais
Caboclo bebe jurema e voa pelo céu azul anil
Jurema
Angico
Pavio
Caboclo bebe jurema e voa pelo céu azul anil
O céu de caboclo é a estrada
Tua lança
Teu azougue
Tu és tanque de carne e sonho
Que se perde no vendaval
Caboclo de lança ...

Céu xilogravurado ( Salve Dom Quixote que dorme num sopé de um monte de um monte de livros )

Vi um céu xilogravurado
Por símbolos alquímicos cabalísticos
E no céu azul
Vi caindo uma chuva de corisco
Uma viola reluzia suas notas
Que galopavam a beira mar
Um anjo de asas barrocas
Recitava um poema numa língua morta
Um cego ao ouvir tão belo poema
Chorou lagrima de diamantes
Enquanto isso, o sol dançava.
Toré num pano de chita estendido
No firmamento.